A nutricionista explica #4 Alergia e intolerância alimentar: 5 factos a reter

As nossas nutricionistas voltaram e vêm falar-nos da alergia e intolerância alimentar, destacando 5 factos a reter!

Hoje as nutricionistas vêm desmistificar alguns mitos acerca da alergia e intolerância alimentar. Vejam como podem identificar uma alergia e como devem proceder para não passar  mal com esses sintomas.

“Numa altura em que grande parte da população afirma sentir-se desconfortável após a ingestão de determinados alimentos, é essencial percecionar qual o responsável por essa sensação de mau estar, bem como se os sintomas são temporários ou não. Melhorar a qualidade de vida pode estar nas nossas mãos!

  1. Alergia vs Intolerância

A alergia alimentar é uma reação imunológica que ocorre após a ingestão ou contacto com determinado alimento. De entre os alimentos alergénicos mais frequentes destacam-se: nozes, amendoins, ovos, mariscos, moluscos, soja e peixe.

Por outro lado, a intolerância alimentar é uma resposta adversa do organismo à ingestão de determinados alimentos, que não envolve o sistema imunológico. A intolerância ocorre quando o organismo não possui enzimas indispensáveis à digestão desse alimento. As principais intolerâncias alimentares são a intolerância à lactose, onde existe uma deficiência ou diminuição da atividade da enzima lactase e a intolerância ao glúten, presente em cereais como trigo, aveia, centeio, cevada ou  espelta.

  1. Sintomas

Os sintomas de alergia alimentar e de intolerância alimentar são, muitas vezes, idênticos e, por isso, frequentemente confundidos. Muitas pessoas referem sintomas, tais como dor de cabeça, enxaquecas, ansiedade, depressão, dermatites, eczemas, dor abdominal, flatulência, cólicas, entre outros. No entanto, no caso da intolerância não se conseguem associar com facilidade a nenhum alimento em específico, dado que os sintomas não se revelam no momento. No caso das alergias, as manifestações clínicas podem ser moderadas a graves, ou até ser fatais.

  1. Tempo de resposta

Nas intolerâncias alimentares, a resposta, geralmente, é lenta e sem manifestações visíveis imediatas após a ingestão desses alimentos. Os sintomas podem levar horas a dias a manifestar-se, o que dificulta a sua deteção e associação de causa-efeito. Por outro lado, nas alergias, os sintomas surgem rapidamente, entre alguns minutos até duas horas após o contacto com o  alergénio.

  1. Como prevenir?

A forma mais eficaz de evitar uma alergia ou uma intolerância alimentar consiste em eliminar da dieta o alimento responsável – evicção alimentar. Após a supressão do alimento ou alimentos proibidos observam-se melhorias evidentes.

Mas um alimento proibido será para sempre proibido? Em caso de alergia sim. Nas intolerâncias alimentares, se eliminarmos os alimentos que o teste de intolerância alimentar identificou como sendo intolerante, ao fim de três meses poderá existir uma evolução positiva em algumas das Intolerâncias antes verificadas. Assim, deve voltar a introduzir-se, de forma moderada e separada, os alimentos em questão e, idealmente, repetir o teste, de modo a verificar se a intolerância se mantém.

  1. Adequação nutricional

A eliminação do nosso organismo de um alimento causador dos sintomas, que se verificou tratar de uma intolerância irreversível ou de uma alergia, permitirá eliminar os sintomas que lhe estavam associados. Em ambos os casos, desde que a sua eliminação seja ponderada com a substituição de outros alimentos nutricionalmente equivalentes está garantido o bem estar e a saúde do indivíduo.”

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